sábado, 21 de junho de 2014

FELIPE CORDEIRO - KITSCH POP CULT

Capa Do Álbum (Foto Removida)

Há tempos, não me agradava de um artista de solos paraenses com uma estética musical envolvendo brega, lambada, carimbo, guitarrada do Pará, surf music e uma pintada de reggae. Então, este é Felipe Cordeiro, conseguiu fazer muito bem este trabalho. Filho do também musico Manoel Cordeiro, ele começou a tocar violão ainda garoto e logo passou para o piano. Quando pequeno Felipe ouvia muito a tradição da música popular brasileira dos anos 60 e 70, isto influenciou muito no seu ritmo musical como artista.

I. O disco Kitisch Pop Cult.

Lançado em 2011 pelo selo conhecidíssimo dos ouvintes de música paraense 'Ná Figueiredo' (Av. Gentil Bittencourt), um álbum totalmente enraizado das culturas paraenses, mesclando muitos ritmos e mantendo um ótimo equilíbrio. Como ele mesmo diz: 'Hoje, quase toda música popular brasileira tem uma pitada de brega, pois as pessoas erram no cálculo da elegância'. Ficou uma coisa muito linda, trabalho bem reconhecido, e merecido! canções que colocaram os brasileiros e gringos para dançar, depois de turnê no Brasil e na Europa com o álbum, conquistou muitos fãs e recebeu inúmeros elogios nos principais veículos de informações musicais.

II. Canções:


1. Legal e Ilegal: 'Aguardente no bom samba canção, uisquinho da boça nova, caspa do diabo no rock n' roll, erva do amor no reggae night'. Música linda, conseguiu fazer comparações bem-humoradas entre os gêneros musicais. O instrumental marcante do inicio da música, completa com chave de ouro.

2. Lambada com Farinha: Música instrumental, com parceira de seu pai Manoel Cordeiro.

3. Fanzine Kitsch: Batidas de brega, com solo de guitarra ao fundo e backing vocal feminino.

4. Café Pequeno: Uma das melhores músicas do disco, parceria com Dand M.

5. Conversa Fora: Música muito, mas muito tecno brega.

6. Dias Quentes: 'É foda esses dias cada vez mais quentes'.

7. Fogo Morena: 'O carimbó bota fogo na morena, que não quer nem saber do seu namorado' música com batidas de brega e carimbó.

8. Fim de Festa: Mais um instrumental do disco com parceria de seu pai.

9. Embaraço: Música com batida leve, e uma pintada de MPB.

10. Historinha: Para fechar o disco 'Que históriaaa é essaa'.

III. Vídeo-Clipe da Música Legal e Ilegal.

O melhor vídeo-clipe que eu vi um artista paraense produzir, muito bem criativo se adequando bem ao tema da canção, vale ,muito a pena conferir. Vídeo abaixo.



Por: Jolis Barbosa.

terça-feira, 27 de maio de 2014

O PSICOPATA: TSUTOMU MIYAZAKI

Tsutomu Miyazaki (Foto Removida)

Miyazaki Tsutomu: 'o assassino de ninfas', 'o otaku assassino', 'o assassino de menina pequena', 'o monstro de Saitama', 'drácula'. Nascido em 1962 na província de Tokyo, em uma família economicamente estável e muito conhecida na região.

I. Biografia

Seus pais eram bastante ocupados, e por isso ele passava a maior parte do tempo com seu avô e um outro rapaz que havia sido contratado especialmente para cuidar dele, Tsutomu nasceu prematuramente, o que acarretou um problema em seu braço esquerdo. Ele não conseguia mover seu pulso e virar a palma da mão para cima. Em decorrência da mão deformada, era obrigado a mover todo o antebraço para conseguir virá-la. Por ser uma doença rara (na época havia cerca de apenas 150 casos no Japão) os médicos se desencorajaram a operar seu punho, pois as probabilidades de cura eram pouquíssimas, então seus pais decidiram submetê-lo a tal procedimento só depois de completar a maioridade.

Até o ensino fundamental, tirava notas muito altas e era visto como um aluno exemplar pelos professores, mas entre os alunos era ridicularizado devido a deformidade e seu gosto por animais selvagens, chegando a ser chamado de "Kaijyuu Hakase" (algo como "Professor das Feras"). Era muito competitivo e quando perdia pra alguém, passava noites lendo livros táticos e bolando esquemas para uma revanche, conseguindo depois a vitória, Tsutomu amava ler livros de mangá. Seus colegas de classe o descreviam como uma pessoa fechada e sem grande importância na sala, por ser sempre quieto e pouco entrosado. Ele pretendia estudar e posteriormente lecionar inglês em uma universidade local mas teve seu pedido de admissão recusado devido as notas baixas que tirou no colegial.

Pouco antes de começar a cometer seus crimes, Tsutomu passou a colecionar fitas de vídeo em sua casa, embora raramente chegasse a assisti-las. Dentre elas, havia alguns snuff films famosos como 'Guinea Pig'.

II. Os Crimes

Tsutomu aparentava ser um empregado comum de uma gráfica, em suas horas vagas, ele selecionava aleatoriamente suas vítimas, geralmente meninas, entre quatro e sete anos de idade, fez quatro vítimas, todas nas regiões de Tokyo e Saitama:

22/08/1988 - Raptou uma garota de quatro anos e a matou estrangulada. No dia seguinte, quando seu corpo já enrijecia gradativamente, ele alugou uma câmera e se gravou enquanto tocava a menina. Em seu julgamento, ao ser indagado o motivo de ele não ter se contentado apenas com fotografias ao invés de gravar o ato, ele respondeu coisas sem grande sentido, tais como 'em 3D era muito mais emocionante de se assistir' e 'senti saudades de minha infância de repente'.

03/10/1988 - Desta vez, sua vítima foi uma estudante de sete anos de idade. Ele a sequestrou e matou estrangulada, mas enquanto tentava molestá-la, a garotinha reagiu minimamente se movendo. Assustado por pensar que ela já estava morta, Tsutomu fugiu. Perguntado sobre o quê ele sentiu no momento, Tsutomu disse apenas que teve a sensação de que estava se arriscando de uma maneira incrível.

09/12/1988 - Raptou e matou outra menina de quatro anos. Seu corpo foi descartado em uma floresta assim como as duas primeiras crianças (provavelmente pelo mau cheiro, já que a garota havia defecado nas próprias vestes) e encontrado seis dias depois sem roupas. No dia 20 do mesmo mês o criminoso viu o pai da vítima na televisão, ele dizia que mesmo morta, estava aliviado por ter encontrado o corpo da filha.

06/06/1989 - A quarta vítima, além de sequestrada e morta, teve um dedo decepado, frito em molho shoyu e devorado pelo assassino, que posteriormente bebeu seu sangue. Dias depois seu corpo foi encontrado em pedaços.

23/07/1989 - Chega a sequestrar uma garota e levá-la para um local isolado, despindo-a. Mas, no momento em que se preparava para filmá-la, acaba sendo impedido pelo pai da menina que o seguiu, sendo preso por assédio sexual.

III. Arrependimento?/ As cartas.

Apesar de toda sua insanidade, Tsutomu tentou devolver os dois primeiros corpos para suas devidas famílias, mas não conseguiu encontrar o cadáver de sua segunda vítima. Este só foi encontrado onze meses após o crime, em uma floresta local.

Já a primeira menina teve seus restos mortais encontrados treze meses depois, mas antes disso fotos com pedaços de sua roupa e ossos carbonizados foram encontrados dentro de uma caixa de papelão deixada na varanda da família. Dentro, além das fotos, havia uma carta com um anagrama que teve várias interpretações. Não se sabendo qual era a verdadeira, outra carta com um anagrama foi enviada também para a casa da terceira vítima. Após ser decifrado, ele revelou a mensagem 'que pena que não possa ser ressuscitada'.



Além disso, ele também praticava uma espécie de ritual de ressurreição macabro em seu apartamento, usando velas, roupas pretas e bonecas de palha simbolizando as vítimas, à cada assassinato que cometia.

Tsutomu enviou para um dos jornais mais populares do país uma carta intitulada 'o texto da voz criminosa" (que também chegou à casa da família da primeira vítima no dia seguinte), usando o nome fictício 'Imano Yuuko' (nome de uma personagem de mangá). Na carta ele fala diretamente com a família, explicando como sequestrou a menina e o que pensava em cada momento que a vigiava. No dia 6 de março de 1989 a família anunciou que faria um enterro formal para a menina, cinco dias depois mais uma carta intitulada de 'o texto de confissão' foi enviada para o jornal e para os pais da vítima. Nela o assassino agradecia a família por enterrar a menina e citava outro crime, cometido em 1987, na província de Gunma. Não se sabe até hoje se há alguma real ligação entre Tsutomu e esse crime, pois existem tanto provas que o impossibilitariam de cometê-lo como semelhanças entre os assassinatos.

IV. Investigações e Prisão.

Todas as famílias das vítimas do psicopata, eram incomodadas por telefonemas que tocava a cada 20 minutos, e quando atendiam, a pessoa do outro lado presumivelmente Tsutomu não dizia nada. As famílias também eram incomodadas por cartas estranhas, estas coisas era algo em comum entre as famílias, e facilitou bastante nas investigações da polícia local.

Em 26 de Julho de 1989 foi quando a casa caiu para Tsutomu. Ele atacou uma menina de 5 anos, de uma escola primária no parque, bem perto de sua casa. Ao atacar, ele tentou inserir uma lente de zoom na vagina da criança, mas foi atacado pelo avô da menina. Em seguida figou a pé, e depois retornou para pegar seu carro que deixou no local, e foi preso pela polícia.

V. Julgamento e Relatos Psicológicos.

Tsutomu foi julgado e confessou 4 assassinatos, e disse que não se sentia confortável em atacar mulheres e optava por crianças, ele também praticou necrofilia. A polícia foi até a sua residencia encontrar provas, e encontrou uma coleção de mais de 5.763 fitas de vídeo VHS contendo animes e filmes de terror, e várias fotos das vítimas. Das 5.763 fitas havia uma com um vídeo de 5 minutos, e nela mostrava a mutilação de uma de suas vítimas.

Era um fã de filmes de terror, os principais da sua coleção eram os primeiros 5 filmes de 'Guinea Pig', teria usado o segundo filme da série que é intitulado de 'Flor de Carne e Sangue', como uma inspiração para um de seus assassinatos.

Em seu julgamento ele se manteve muito calmo, ao confessar e relatar os seus crimes. Bem diferente de quando foi capturado. O pai de Tsutomu que tinha recusado a pagar a defesa de seu filho, cometeu suicídio em 1994. Logo depois Tsutomu foi sentenciado á morte, e foi executado por enforcamento em 17 de Junho de 2008.

Psicólogos concluíram que Tsutomu ficou 'aprisionado' em sua infância por ter passado muito tempo só. De fato, ele não chega a ser taxado como pedófilo pois não chegou a violentar nenhuma de suas vítimas, embora tenha tocado cada uma intimamente. Diz-se também que seu comportamento condiz em muitas partes com a de uma criança, pois quando ficava irritado com algo, usava de violência, assim como uma criança faz. Por ser um adulto, isso acarretava em matar suas vítimas, ao invés de apenas reprimi-las. Ainda, afirma-se que ele via uma espécie de referência de si mesmo em cada uma das meninas que assassinou, pois todas se encontravam sozinhas, numa imagem solitária no momento da abordagem.

Por: Jolis Barbosa

quarta-feira, 14 de maio de 2014

FILME ''LÉO E BIA'' POR: OSWALDO MONTENEGRO

Léo e Bia 2010 (Foto Removida)
Oswaldo Viveiros Montenegro 'cantor, compositor de trilhas sonoras, peças teatrais, balés, cinema e televisão', lançou um lindo filme em 2010 chamado Léo E Bia, e neste filme tem uma proposta muito legal para atrair o telespectador, começando pela sua estética. Foi gravado com apenas um cenário, que serviu para todas as funções do filme, um galpão de uma companhia teatral, qualquer cena do filme seja retratando a casa de um personagem, prédio do governo, eis o galpão. Ao som lindo das violas, sanfonas e canções ao vivo, dão uma perfeição a mais para o filme, tendo como protagonista a atriz Paloma Duarte.

O enredo do filme, trata-se do ano de 1973 (ano da ditadura militar). O grupo de jovens anti-ditadura liderado por Bia, eram oposicionistas e semi-desinformados politicamente, eles mesmos se intitulam de 'esquerda festiva'. Para quem assistir o filme, e conhecer sobre a história da ditadura militar, terá uma grande ideia de como eram os jovens e o que pensavam sobre aquela situação naquele período. Abaixo tem a biopse, e o trailer do filme:
'Brasilia, 1973.  No auge da ditadura militar, sete amigos, jovens como a cidade em que moram, sonham viver de teatro. Liderado pelo diretor Léo (Emílio Dantas), o grupo  leva adiante os ensaios de uma peça que tece comparações entre Jesus Cristo e o cangaceiro Lampião. Enquanto a repressão política rola solta na capital federal e a liberdade sexual ainda é tabu, Bia (Fernanda Nobre) se mostra cada vez mais prisioneira da obsessão de sua mãe (Françoise Forton), fazendo com que todos questionem, cada vez mais, os conceitos e valores da sociedade. (RC)'.





Por: Jolis Barbosa.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

JÚPITER MAÇÃ



Um artista louco, cantor, guitarrista, letrista e compositor. Rock n' Roll, Pós-Rock, 'Rock Psicodélico', Hard Rock, Rock Gaúcho, Eletro Rock. Ficção científica, Cinema, Artes Plásticas, Vídeo-Tape. Mentiras, Sexo e Psicodelia. Beatles, Syd Barrett, Pink Floyd, Rock de Manchester, Bob Dylan, David Bowie, Mutantes, Jovem guarda, Bossa-Nova.

I. Costumo sempre me aprofundar em infinitos artistas. Sempre vejo em muitos aquela 'mesmice', os artistas procuram seguir uma identidade de acordo com o seu estilo musical, e então seguem muitos anos de estradas. Mas o que adianta ter muitos anos de estrada, e não ter aquela voz própria? E se um dia a identidade deixar de um ser um paradigma nos artistas? Mas acredito que para ele, sempre será um paradigma, o que será que um artista como ele pensa? É melhor ser imitado, ou cultuado?

É algo impossível um artista manter equilíbrio e vigor mesclando tudo isso que citei na introdução do texto. Digo que ele é mais que um artista que nasceu com o dom de fazer coisas lindas, e sim um espirito. Como misturar tudo isso sem que gerem mal-entendidos? Confesso que não faço a miníma ideia, só quem curte o cara sabe o potencial que ele tem, é algo inexplicável o humor das músicas, as mensagens, as loucuras e muito mais.

Esse artista é o gaúcho nascido em 26 de Janeiro de 1968 atualmente com 46 anos, nascido na capital Porto Alegre, registrado em cartório como Flávio Basso e tem como nome artístico: Júpiter Maçã, Woody Apple, Júpiter Apple.

II. TNT O começo

A primeira experiencia musical de Júpiter Maçã foi a banda gaúcha TNT. Em 1984 aos 26 anos, Flávio Basso e mais 4 amigos (Charles Master, Nei Van Soria, Márcio Petracco e Alexandre Birck) deram início a banda. Faziam um som que era a cara do Júpiter, Rock Psicodélico, Rock Alternativo, Rock Gaúcho e Blues-Rock. Após um ano de banda em 1985, com todas as composições de Júpiter, TNT gravou e lançou uma coletânea com 4 bandas (DeFalla, Engenheiros do Hawaii, Garotos da Rua e Os Replicantes) chamada 'Rio Grande do Sul'.

Antes de ser lançado o primeiro cd oficial da banda Júpiter pediu para sair, tendo como justificativa 'A banda não comprou a ideia das músicas de sacanagem'. Saiu deixando todas as músicas de sua autoria em nome da banda.

II. Os Cascavelletes

A banda foi formada após a saída de Flávio Basso (Contra-baixo e Voz) e Nei Van Soria (Guitarra e Voz) 2 ex TNT, mas os amigos Frank Jorge ex-Prisão de Ventre, que depois fez parte da banda Graforreia Xilarmônica (Guitarra e Backing Vocal) e Alexandre Barea (Bateria).

O primeiro material de Os Cascavelletes foi em 1986 foi uma demo em 8 canais nos estúdios da Fundação ISAEC, e lançada pelo selo de gravação Vórtex, que pertenciam a uma banda de Punk Rock da cidade de Porto Alegre chamada, O Replicantes, era conhecida como a Vórtex demo. Esse material abriu as portas para a banda, músicas se tornaram memoráveis 'Morte Por Tesão', 'Pombo Surfista', 'O Dotadão', 'Minissaia Sem Calcinha', 'A Última Virgem', 'Banana Split' e outras, foram muito tocadas nas rádios locais como a Ipanema FM, que foi a maior rádio de divulgação do rock na região sul do Brasil, durante aquela época.

A coletânea de 5 bandas (Júlio Reny, Expresso Oriente, Apartaid, Justa Causa e Prize), chamada Rio Grande Do Rock foi lançada no inicio de 1988 por uma gravadora internacional SBK (Holanda), e logo depois foi incorporada pelo selo EMI, foi quando Os Casvelletes entrou no EMI. No mesmo ano em 1988 lançaram um LP chamado 'Os Cascavelletes' que foi gravado e produzido no ano anterior (1987) por Fernando Faciolli em 16 canais no estúdio Castelnuovo em Caxias do Sul, o LP conta com regravações da primeira demo que fez bastante sucesso, 2 músicas da coletânea Rio Grande do Rock e Jessica Rose, em uma versão ao vivo gravada em 4 canais no Cineteatro Presidente.

Os Cascavelletes alcançaram uma visibilidade tão grande, que músicas como 'Estou Amando Uma Mulher' e 'Jessica Rose' eram repercussões em outros estados brasileiros e até fora do país. A música 'Menstruada'  foi proibida de ser tocadas nas rádios.

No anos de 1989 lançaram sua segunda demo com apenas 2 músicas, sendo elas inéditas, não teve nome oficial pela banda, mas foi popularmente conhecida como 'Pré-Rock'a'ula', saiu meses antes do lançamento primeiro disco oficial da banda titulado com o mesmo nome da demo. A banda viajou até o Rio de Janeiro para gravar o disco no Farm Estúdio, mas entre a gravação e o lançamento do disco, houve um problema, Frank Jorge (Guitarra e Backing Vocal) resolve deixar a banda alegando que estava bastante envolvido com a sua banda Graforreia Xilarmônica (Logo depois se tornou um ícone do Rock Gaúcho), que causou o desentendimento do mesmo com o resto da banda, Flávio Basso, Van Soria e Barea. Enfim, foi lançado Rock'a'ula pela gravadora EMI-Odeon, isso foi o clímax alcançado pela banda, teve um grande reconhecimento nacional, a música 'Nega Bombom' foi um sucesso, fez parte da trilha da novela Top Model (1989) da Rede Globo.

No lançamento do disco aparece o baixista Luciano Albo que já tinha tocado com Flávio Basso e Van Soria na banda TNT. Um ano depois a banda lança duas demos em 1990 e 1991, sendo todas com músicas inéditas, mas não foram tão repercutidas como as anteriores. E praticamente no último ano de banda em 1992 eles lançam um compacto intitulado de 'Homossexualidade/Sob Um Céu de Blues' que conta com a participação de Humberto Petinelli (Cokeyne Bluesman) no teclado, deste então a banda se tornou a principal banda gaúcha no estilo e no cenário sulista.

Logo em seguida, Flávio Basso adota a identidade/pseudônimo de Júpiter Maçã e consegue algo incrível, lançando em 1997 lança seu algum de estréia intitulado de 'A Sétima Efervescência'. Nei Van Soria logo saí da banda e ainda ficou um tempo na banda 'Colarinhos Caóticos', e logo entra em carreira solo. Frank Jorge continua na 'Graforreia Xolarmônica' e em seguida entra em carreira solo, Alexandre Barea participa de diversas bandas, mas tem seu tempo ocupado com uma escola de música em Porto Alegre.

III. O início do pseudônimo Júpiter Maçã: A Sétima Efervescência.

Em seu primeiro disco solo, o artista mostra logo que é um gênio, disco lindo e inspirados no 'The Piper At The Gates Of Dawn' (disco sensacional, ouvi umas mil vezes) do Pink Floyd, ele fez uma espécie de psicodelia experimental e na música 'Sociedades 'Humanóides Fantásticas', faz uma espécie de Bossa-Nova psicodélica, e faz referencia ao rock gaúcho. Tem músicas que foram um destaque imenso, destaco a música que eu mais amo, 'Um Lugar Do Caralho' logo depois regravada pelo artista também gaúcho 'Wander Wildner' no seu álbum 'Baladas Sangrentas', 'Eu e Minha Ex' com parceria de Marcelo Birck nos arranjos,

O disco em si é ótimo, é difícil destacar músicas deste disco, vai algumas aí: 'As Tortas E As Cucas', 'Querida Superhist X Mr. Frog', 'Pictures And Paintings', 'Walter Victor', 'Miss Lexotan 6mg Garota', 'Canção Para Dormir' (que fez parte do filme muito bom e engraçado em desenho animado 'Woody & Stock').

IV. Depois de ser bem aceito nas mídias!

Gravou seu segundo álbum de estúdio em 1999, diferente do primeiro, este foi com composições em inglês, aí que veio o nome de 'Júpiter Aplle'. Foi titulado de 'Plastic Soda', o disco praticamente foi feito de Bossa-Nova e Vanguarda, e bem pouco de Rock Psicodélico. Alguns fãs não gostaram, mas outros pensaram que ficou uma coisa inovadora e bem feita, foi então mostrou que sabe mesclar estilos, sem que saia de sua personalidade. Destaques para a primeira música do disco, que tem 9 minutos de duração, é titulada de 'A Lad And A Maid In The Bloom'.

Passado-se 4 anos, em 2003 volta a lançar um disco, esse disco tem longas experimentações eletrônicas, valsas, bossas e lounge. Alguns fãs viram o disco como algo dramático, estavam acostumados com o Rock N' Roll, psicodelia. Tirando minhas conclusões, vejo que o disco tem sim, seu ponto positivo como a música 'The Homeless And The Jet Boosts Boy', ouçam. Este foi o segundo e ultimo álbum da era Apple.

Em 2006, quando todos esperam mais um disco da era Apple, Júpiter surpreende os fãs. Decidiu compor músicas em português, apesar de o disco ter uma versão em espanhol. Em 2008, o tão aguardado disco é lançado, no disco ele continuou explorado o lado experimental brasileiro, com inspirações bem profundas no psicodelismo como: Tom Zé, Os Mutantes, Woody Allen. As músicas saíram lindas neste disco, o segundo melhor disco do artista, só fica atrás de 'A Sétima Efervescência'. Destaque para 'A Marchinha Psicótica de DR. Soup', 'Tema de Júpiter Maçã', 'Beatle George' e 'As Mesmas Coisas' que foi tema do filme Woody & Stock lançado no mesmo ano do disco.

V. Júpiter Show na MTV.

Em 2008 Júpiter Maçã apresentou um programa de TV na 'MTV', o programa era o 'Júpiter Show', cheguei a assistir muito. Era um talk show com música ao vivo e curtas entrevistas, era um jeito ótimo e totalmente diferente de um apresentador comum, entrevistava celebridades, escritores, músicos, como o ex-apresentador Kiabo, Luiz Thunderbid, a melhor entrevista foi com Rogério Skylab. Se caso queira assistir, SEGUE O LINK, é muito louca e engraçada.

VI. Como está Júpiter Atualmente?

Último material a lançar aos fãs foi o vídeo-clipe e música inédita Gothic-Love, em 2012. Logo após, aconteceu um acidente que deixou os fãs muito chocados. Em uma Quinta-Feira (19/07/2012) Júpiter Maçã escorrega da janela do apartamento do 2 andar do prédio onde mora em Porto Alegre, e caí de frente para a escadaria, é o que diz o G1.Globo.com (Matéria Completa).

Infelizmente o Júpiter machucou o punho e a costela. De uma época pra cá, os fãs vinham atrás de notícias do Júpiter e nada, mas logodepo is ele saiu do hospital. No final de 2013, sua irmã Cláudia Basso (Empresária do mesmo) anuncia está seguinte notícia em seu perfil do Facebook:
'Bom dia a todos! Para quem não sabe ainda, Júpiter Maçã, Flávio Basso, meu irmão, está em tratamento desde abril deste ano, em uma comunidade terapêutica, para desintoxicação. Ele está muito bem e vamos torcer para que saia logo e retome sua carreira o mais breve possível! Obrigada pelas mensagens! Beijos! (Cláudia Basso)'

Isto é uma notícia demais triste, e o que vem acontecendo com o artista nesses últimos anos. Mas com a inteligência e o potencial dele, acredito que ele voltara com tudo. Sou tão fã daquele jeito inteligente e louco de viver, fala o que pensa, conquistou muitos fãs e educou musicalmente um geração. Esse é Júpiter Maçã.

Por: Jolis Barbosa

quarta-feira, 23 de abril de 2014

PROGRAMA MATADOR DE PASSARINHO NO CANAL BRASIL


Existem talk shows na TV brasileira, com o 'dito ditado' popular e conhecido pela geração atual como o tal 'Humor Inteligente'. Então vamos considerar esse talk show muito diferente do que vimos na realidade da TV, apresentado por uma pessoa mais conhecido como 'gênio louco' Rogério Skylab, que particularmente sou fã.

1. Matador De Passarinho

A música do primeiro e melhor disco do músico, que em 1999 apresentou-se ao Brasil com um trabalho, independente, lindo, irreverente, instrumentais perfeitos encaixados em suas canções, que lhe faz ouvir e reouvir e refletir. Em suas entrevistas como uma que vi no Programa Do Jô, ele conta que compôs essa canção inspirada mais ou menos dando continuidade a outra canção do Chico Buarque De Hollanda, a parte instrumental é algo esplendoroso e completa a música com chave de ouro. Pelo menos tentei ter uma analise profunda desta canção, para quem ouve de primeira tem em mente ele faz apologia a violência contra os pássaros.

-Minha análise:
 Não sou a boa pessoa para interpretação, mas quando ele canta 'Aqui tem João-de-Barro, Pintassilgo, Pinta-roxo, Pica-pau e Colibri. Aqui tem Canário-belga, Araponga, Açum-preto, Cúrio e Bem-te-vi. Aqui tem tanta Andorinha, Cambaxirra, Quero-quero, Rouxinol e Juriti', essa parte diz que se os pássaros não entendem, mas caso entendessem  ficariam embevecidos e agradeciam com uma linda dança no ar.
'Tico-tico tão arisco, tico-tico tu beliscas, uns grãozinhos de fubá'. Quando se trata do fubá, essa é uma parte tão bélica da canção que fala sobre a briga territorial dos pássaros no ar. Haha  

2. Lançamento do disco Skylab I, da canção Matador de Passarinho.


Na época em que lançou seu disco, de forma independente competiu com grandes gravadoras e conseguiu um grande equilíbrio e reconhecimento do seu trabalho, e apresentou ao Brasil uma mistura de Rock Experimental, Art Rock, Samba, Eletrônico, MPB e uma pintada de Heavy Metal. Ele foi tão reconhecido que logo no seu segundo álbum teve amor a primeira vista com Jô Soares, está foi a primeira aparição no seu programa em 2001, e sempre que lança seus trabalhos, seu primeiro veículo de TV é o Programa Do Jô.
Desde a primeira vez que ouvi, aquela coisa diferente encantou meus ouvidos, e desde então fiquei fissurado em suas músicas, 'MAAAAAS...' posso me considerar que tenho muito bom gosto, inclusive quando se trata de música.

03. Programa Matador de Passarinho.
No programa exibido pelo Canal Brasil nas Segundas, ás 00:00. O músico irreverente entrevista celebridades que são esquecidas e consideradas para a mídia brasileira, como o lado b dos artistas exemplificando 'Serguei', 'Away de Petropolis' 'Juca Chaves' e etc. Suas entrevistas são de um humor bem ácido, e é gravado sobre luz baixa em clima de suspense, seu cenário tem uma espécie de natureza projetadas ao fundo, contribui como uma coisa atmosférica, e muito legal que lhe prende na frente da TV. Ainda tem suas cronicas e descreve seu dia-a-dia ao longo das entrevistas, relações com sexo, música e morte que são suas temáticas e sobre a cidade de Niterói-RJ que para o apresentador não existe, haha.
Não postarei no blog, por não ser autoria minha, mas vale muito a pena assistir via internet, para quem não assiste na TV. está disponível no canal do Youtube.com, do Canal Brasil e no canal do Rogério Skylab.